segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Muitas coisas




É, esse vai ser um post longo e cheio de assuntos. Deixei os dias passarem e as coisas acumulares. So, let's go!




First at all, faltam dois dias pra minha ida para Ouro Preto. New life in all ways! Minhas coisas não estão neeem de perto arrumadas. E de uns tempos pra cá, não tenho sido uma boa referência com organização não. =p Chegando lá, vou olhar a net e a academia com a Lu, organizar minhas coisas e conversar com as meninas da república. Esse é o meu planejamento.




Semana passada, eu acabei assistindo à uma audência. E sim, foi minha primeira!Uhuhu!Que liiindinho!Só não foi tão lindinho quando essa exclusividade. Era sobre despejo; meu coração saiu de lá dilacerado e minha mente burbulhando em pensamentos, agora, importantes. Vamos à um resumo mais que sucinto: o reú morava com sua família(esposa, uma filha e 5 netos) numa casa dentro do campo de futebol. O terreno do campo é da prefeitura, mas estava concedido à outra parte para que lá funcionasse uma "escolhinha" de futebol para a comunidade. O direitor dessa escolhinha deixou que o réu morasse na já citada casa uma vez que ele não tinha onde ficar. O terreno é um bem público de uso especial, como determina o Código Civil, art 99. A parte alegou que o réu estava assustando quem fosse jogar e pediu que ele saísse da casa, mas (obviamente) o réu nao aceitou. Foi suuuuuuper triste ver o réu entrando na sala de audiência desacompanhado(sem advogado, enquanto o outro tinha), com seus humildes chinelos havaianas modelo azul tradicional, blusa xadrez e os olhos marejados de lágrimas. O juiz lhe explicou a situação, perguntou se ele tinha consciência de que aquele terreno não lhe pertencia. O réu respondeu que sim. O juiz tentou negociar, dando-lhe seis meses para se mudar dali com sua família, mas ele não cedeu. Marcaram umanova audiência e o réu prometeu trazer seu próprio advogado, visto que não tinha aceitado o defensor público que lhe tinha sido oferecido. Meu Deus!Me deu uma vontade de intervir, falar com ele para aceitar os seis meses!!Como ele recusou, agora, se ele perder nessa nova audiência(o que é quase certo!), será declarado despejo compulsório em menos de um mês. Mais um chefe de família terá sua honra ferida e mais uma família vai para as ruas...De pensar que esses 5 netos não vao ter nem metade das oportunidades que eu e 82378134 milhões de brasileiros temos, de pensar que a luta dessa família não é para conseguir esse ou aquele cargo, mas é uma luta contra a morte pela fome, a morte pelo desgosto, a morte pela vergonha moral. Quando a audiência acabou, as partes saíram da sala, o escrivão se levantou, dei por mim, e estava sozinha na sala, completamente atônita. Saindo de lá, cheguei à conclusão de que preciso de, pelo menos, mais uns 2 cursos de Direito para amadurecer e aguentar uma sala de audiência. É algo tão humano, tão subjetivo, que se perder em pensamentos sobre o futuro daquele que você está julgando, se torna um desafio.Saber aconselhar as pessoas e pedir parcimônia, gratidão e cuidado num momento em que as nervos falam mais alto e o orgulho borbulha pelo sangue é algo maravilhoso. Foi extraordinário!


Agora vamos à playlist do dia:

1) Mighty to Save-Hillsong United
2) You Belong wiht Me-Taylor Swift
3) Maria, Maria- Elis Regina
4) When Love Takes Over-David Guetta
5) I Gotta Feeling-Black Eye Peas

No mais, é isso. A sinusite tá pegando e eu tô tentando voltar a dormir e acordar cedo para voltar ao ritmo de faculdade. Esse semestre promete, gente!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez



Acabei de ler hoje a monumental obra latino-americana Cem Anos de Solidão. Na minha edição, são 394 páginas de puro realismo fantástico, encadernada com capa azul e com letras douradas (bem do jeito que eu gosto *.*). Havia lido à um
ano(ou dois, não sei ao certo) nas minhas hectics vacations Memórias de Minhas Putas Tristes, do mesmo autor e apaixonei-me. A forma como García conduz à narrativa à um fim já esperado e, ainda sim, consegue transpor a alma do personagem de forma inesperada, é maravilhosa. E sempre que comentava com alguém desse livro, logo me recomendavam a dita cuja obra. Li, gostei e r-e-c-o-m-e-n-d-o!
Como já dito, a obra é do realismo fantástico, escola literária surgida no século XX e bem desenvolvida nas décadas de 60 e 70. Tem como objetivo principal mostrar que o irreal e o estranho podem ser comuns, cotidianos. E García Márquez, como uma das suas maiores expressões, soube fazê-lo muito bem . A passagem da obra em que Remedios, uma das descendentes dos Buendías, ascende aos céus de corpo e alma é a que mais me tocou e a que ficou, para mim, como melhor ilustração dessa escola literária.
O desafio de lê-la é não cair na tentação de pegar um bloquinho de notas e sair construindo a árvore genealógica da família Buendía-Iguarãn. Os progenitores dessa família são José Arcadio Buendía, homem forte, determinado e empreendedor e Úrsula Iguarãn, mulher de uma fortaleza e inciativa(como o próprio García traz) insuperáveis. O enredo gira em torno dos descendentes de ambos e, o objetivo é mostrar que o tempo, as gerações e sucessões podem passar,mas a história dos Buendías apenas se repete em diferentes personagens. Os descendentes tem traços de personalidade comuns que propagam de geração em geração e o destino deles é cíclico. Pareceu-me assustador ter a consciência de que seu destino já estava predestinado e que nada que você fizesse poderia mudá-lo. O fato do tempo ser cíclico e do destino já estar escrito é algo sufocante para qualquer ser humano contemporâneo, que vê diariamente, invenções tecnológicas, avanços da medicina que tendem a tornar a raça humana à toda e qualquer coisa. É aceitar que todas coisas, fatos, ocorridos já tem sua essência definida...ou seja, é concordar com Parmênides e seu imutável, indestrutível e esférico Ser. Concordar que existe uma essência única das coisas, dos fatos, dos acontecimentos. Não, eu discordo do nosso filósofo jônico tanto quanto não aceito a existência de destinos traçados. Para mim, minha história sou eu quem a construo, a cada dia, com cada ação minha e em cada escolha.
Essa obra pode render vááááááááááários posts, mas eu queria me focar extamente nisso: na minha postura contrária à aceitação de destinos traçados. E isso só me faz ver que TUDO que eu quiser depende só de mim...Então, keep working!Porque um dia eu ainda vou entrar no TJ de Minas como desembargadora!Uhu!
Começei agora O Livreiro de Cabul que também parece ser uma obra de arrasar. Mas, eu sei que voltando pra faculdade, o ritmo de leitura cae...ou até desaparece. Enfim, eu pretendo escrever dele também.

domingo, 2 de agosto de 2009

Perseverança...

Pois é, fim de férias e hora do balanço geral. Me surpreendi com algo que a tempos vinha fugindo, mascarando de mim mesma ou, simplesmente, ignorando. Talvez, esse algo seja exatamente a causa do meu fracasso na UFMG e em tantos tempos de escola. Mas, nunca é tarde para mudar. O que eu mais almejo ter do meu pai é isso que me falta hoje e desde os tempos de escola: perseverança. E, implicada com isso, fui ler na net(novidade!) o que tinha de interessante sobre isso. Achei esse texto do Confúcio:

"Se há pessoas que estudam ou que, se estudam, não aproveitam nada, elas que não se desencoragem e não desistam; se há pessoas que não interrogam os homens instruídos para esclarecer suas dúvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os não conseguem ficar mais instruídas, elas que não se desencorajem e não desistam; o que os outros fariam em uma só vez, elas faram em dez, o que os outros fariam em dez vezes, elas faram em cem, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-a uam pessoa esclarecida, por mais fraço que seja, tornar-se-a forte..."
A Sabedoria de Confúcio

De fato, concordo sem vacilar que água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Mas, há de convir comigo que a perseverança não surge do nada nem subsite independente. Com ela, é preciso outros valores. Antes de querer continuar(perseverar) é preciso querer(obviamente!). E esse querer é que me pega. Poxa, são tantos caminhos a escolher que essa variedade gera a indecisão. Sério, esse é um problema na minha vida. Mas, pensando sobre isso outro dia, achei a razão: toda escolha implica em renúnica e a juventude vacila diante dessa renúncia. Essa vontade de querer fazer tudo, de poder fazer tudo, de ter um mundo à sua frente para desbravar causa a minha indecisão. E a indecisão, me afasta da perseverança.
Hora de mudar, cara!Escolher mesmo, renunciar mesmo e ir se construindo!Diante disso,algumas escolhas e suas respectivas renúncias:

1) Fazer Direito mesmo, e em Ouro Preto. Abrir mão da UFMG, de uma vida melhor em Bh e de algum curso na área de saúde.

2)Mora na Colombina. Deixar de morar com meus amores...=(

3)Procurar muiiiiito mais à Jesus! Não há renúncas para isso...

Por enquanto são essas...e sim, eu ainda estou pensando em qual vai ser o destino desse blog.